Existe uma incrível beleza em fazer um filme a partir de fatos cotidianos. Quantos por aqui não se meteram em confusões gigantescas sem nem mesmo saber por quê? Ou ainda, quantos por aqui não temem serão trocados por algo mais novo, mais bonito ou mais atual em algum momento da vida?
Mais que uma comédia romântica boba, Como você sabe (How do You Know) se apresenta como uma alternativa inteligente e delicada de falar das desventuras da vida; não espere gargalhadas de suas cenas, mas sim uma confortável sensação de encontro, ao menos para os desajustados emocionalmente como eu, com pessoas tão confusas e ferradas como os personagens centrais da trama.

Porém, Lisa mantem uma relação (que não dá pra caracterizar como amorosa e nem como amizade) com George e esta relação faz com que suas certezas se diluam na presença dele. Vejam, essa não é apenas umas dessas historinhas de amor em que Lisa ao se ver apaixonada por George simplesmente vira as costas e abandona Matty (o que não seria nada difícil pra mim)... o filme nos convida a achar um jeito, um caminho. James L. Brooks o diretor e escritor do filme que já foi responsável por grandiosidades como Melhor é Impossível parece especialista em gente de verdade. Digo gente de verdade essas pessoas que somos todos nós tentando viver da melhor forma possível meio que afundados num mar de confusão sentimental, meio flutuando entre uma trégua e outra da vida. Daí a grande empatia com os personagens. Não há um maniqueísmo na criação dos personagens; eles são todos gente de verdade.
Mesmo o egocentrismo de Matty faz dele um tolo adorável, mesmo na cafajestice de Charles podemos perceber um pai perdido que não sabe o que fazer de sua relação mal resolvida com o filho. Ao nos convidar a descobrir o caminho para a vida de suas lindas personagens James nos dá a oportunidade de refletir sobre nossas próprias desventuras.
Então, ainda seria possível acreditar em um final feliz mesmo com todos os infortúnios que nos fazem acreditar no contrário?
Nota 7,5
Mesmo o egocentrismo de Matty faz dele um tolo adorável, mesmo na cafajestice de Charles podemos perceber um pai perdido que não sabe o que fazer de sua relação mal resolvida com o filho. Ao nos convidar a descobrir o caminho para a vida de suas lindas personagens James nos dá a oportunidade de refletir sobre nossas próprias desventuras.
Então, ainda seria possível acreditar em um final feliz mesmo com todos os infortúnios que nos fazem acreditar no contrário?
Nota 7,5
See and tell me ;-)
Jor
muito bom
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