sábado, 21 de janeiro de 2012

A Pele que Habito - Almodóvar em Seu Melhor Estilo

A diferença entre um grande filme e uma bobagem dessas que tanto vejo e posto aqui está, em minha humilde opinião, na direção da obra. Claro que o roteiro ajuda muito, mas a direção dita o ritmo da obra e o encantamento dela sobre o espectador. E foi exatamente encantamento que aconteceu comigo em A Pele que Habito, ultimo filme de Almodóvar. Almodóvar de quem sou fã declarada e portanto você não deva atribuir ao filme a expectativa que ofereço aqui.
O filme conta a história de Robert Ledgard (Antonio Banderas), um importante cirurgião plástico, que desde a morte de sua esposa e filha passa a buscar a criação de uma pele artificial que seja capaz de resisti a qualquer degeneração. Para conseguir chegar ao seu objetivo, Ledgard tem que abrir mão de qualquer escrúpulo e ética profissional. Mas na verdade o que mais impressiona é a capacidade de Almodóvar em nos mostrar a história de diferentes perspectivas. O ir i vir do enredo, o suspense mantido durante a trama, mesmo quando o autor nos desvenda os pequenos mistérios dela, e principalmente a capacidade de maximizar os detalhes dentro da mesma. 
Nada em A Pele que Habito passa impunemente na trama. Até os menores detalhes possuem o seu lugar de destaque no desenrolar da história. Esse doutor Victor Frankenstein moderno possui lá os seus encantos, não podemos deixar de ver toda uma beleza em Antonio Banderas e em sua louca obsessão pela criatura perfeita e linda, mas como no Frankenstein original em A Pele que Habito a criatura se volta contra o criador e toma de volta a sua liberdade.
Há muito o que se falar em A Pele que Habito, mas prefiro deixar por sua conta dos comentários. E aí, o que você achou do filme?
#10#
Jor    

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