Já tem um tempo que não escrevo aqui sobre filmes. Talvez porque nenhum ultimamente tenha me inspirado a isso. Mas hoje de maneira despretensiosa comprei um filme espiritualista. Gosto de filmes assim; filmes que me façam pensar sobre as coisas relacionadas ao lado espiritual da vida.
O filme é baseado em um dos livros psicografados por Chico Xavier e conta a história de André Luiz que depois de morto vai para em um lar espiritual depois de passar uma temporada no Umbral. Como já escrevi aqui outras vezes tenho uma tremenda simpatia pela teoria espiritualista e de tanto ler sobre isso já consigo entender muitas coisas relacionadas a ela.
O filme começa de maneira lenta e escura e, para quem não entende o sentindo do Umbral, pode ficar um pouco confuso. O enredo narra o período de despertar do espírito diante de uma nova realidade - o estar morto. André Luiz aprende a observar com profundidade as questões relacionadas a sua vida e principalmente a sua morte. Dentre muitas questões levantadas através da história achei interessante os motivos que levaram André Luiz ao Umbral. O Umbral seria para o Espiritismo uma espécie de purgatório para as almas que cometem suicídio. Mas André não havia cometido suicídio. Ele havia morrido em decorrência de complicações causadas por uma doença intestinal. Entretanto, André levou uma vida desregrada e nunca se preocupou com que fazia ao seu próprio corpo. No filme isso foi chamado de suicídio inconsciente e é bem interessante observar as coisas por esse ponto de vista. Tendemos a pensar em suicídio como uma coisa intencional quando na verdade a nossa falta de cuidado com nós mesmo, no fundo, também é uma espécie de suicídio. O que me encantou na história foram as reflexões que pude fazer a partir dela. Nunca fui uma pessoa dada a arroubos religiosos. Nunca entendi radicalismos ligados a uma coisa tão particular como é a fé. Respeito todas as formas de crença, e principalmente a crença que reside na decisão de não acreditar. Mas devo dizer que me agrada essa ideia de ter outras oportunidades pra evoluir, fazer de novo e conseguir crescer a cada novo começo.
Apesar da temática religiosa, Nosso Lar também disponibiliza uma oportunidade para os que não "curtem o lance espiritual" de observar a característica dialética que a vida possui e como dizem no filme, a vida sempre recomeça.
Mas esse recomeço depende da nossa vontade. Recomeçar é uma atitude individual e como demonstra o filme nada acontece sem motivos e está em nossas mãos o poder de seguir em frente, mudar de direção ou continuar no lugar em que se está.
Nosso Lar entra para lista das minhas história preferidas. Recomendo.
Jor
Deu até vontade de assistir!
ResponderExcluirEu gostei... achei além de tudo, uma história muito bonita :D
ResponderExcluirRetribuindo a visita e dando uma olhadinha...
ResponderExcluirBjs
Que linda... fica a vontade, viu?! Passo sempre por lá. Volte sempre...
ResponderExcluirAté para quem não é espírita é legal ver para entender melhor. Até quando não acreditamos em algo é preciso conhecê-lo para ter argumentos contra.
ResponderExcluirAinda não vi por preguiça, mas verei! :D