Era uma maçã linda, pensou Julia. Julia era uma lagarta faceira que adorava frutas e um dia se encantou pela maior de todas as maçãs da cesta de frutas. Muitas lagartas já haviam estado ali e falaram para ela coisas lindas sobre a tal maçã. Falavam de como ela era especial e de como lá todas as lagartas se davam bem. Os tais comentários só faziam a vontade de Julia aumentar. Julia então resolveu entrar na maçã.
Haviam outras que como ela lutavam para conseguir chegar lá e na segunda tentativa Julia entrou.
A maçã era realmente incrível e ela pode aprecia-la de muitas maneiras. Foram dias e dias vividos intensamente. Conheceu outras tantas lagartas que gostavam de está ali tanto quanto ela. Ficou amiga de algumas, conheceu novos universos, arrumou algumas confusões (bem pequenas), sofreu para conseguir fazer o que as outras lagartas faziam.
- Vou sentir saudade, pensou ela diversas vezes.E sentiu. Sente.
O tempo passou e eis que a lagarta resolveu que assim que saísse da maçã viraria uma borboleta. Encontrou a árvore ideal, se alimentou da maneira adequada e conseguiu, depois de muito esforço, se transformar em crisálida. Sofreu todas as mutações químicas necessárias dentro do casulo e virou uma linda borboleta. Mas o que Júlia não contava é que para ser livre e voar ela precisava de uma autorização da maçã. A maçã não deu e ela, aquela linda borboleta, ficou presa pelas asas sem poder se mexer.
Moral da história: a fama da maçã não foi capaz de prover o voo da borboleta. Logo, como dizem naquele ditado popular, nem tudo que reluz é ouro.
Jor
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