domingo, 5 de agosto de 2012

Carreira? Greve? Professor? Bahia?? Brasil?????



Vamos falar de coisa boa? 

Então, escolhi a frase pra falar sobre a greve dos professores da Bahia e das universidades federais. Greves que afetam um dos setores mais importantes para qualquer nação que pretende chegar a ser uma nação de primeiro mundo. Mas por que essas greves demoram tanto e não são resolvidas com avanços reais pra carreira? Carreira? Que setor profissional é esse que para conseguir qualquer ganho - por menor que seja - precisa "grevear". Não entendo. Definitivamente não entendo. Saúde, segurança, educação não deveriam vir em primeiro lugar pra qualquer nação? E daí me vem a cabeça a conversa com diversos amigos idealistas que veem na revolução individual a solução pra essa subversão de valores. Acho-os todos muito ingênuos ao acreditar que sozinhos possamos ir a algum lugar. Não iremos a lugar algum. Eu, minha vontade, meu idealismo, minha força são basicamente nada diante do todo que se apresenta à frente: o sistema - como apregoam os marxistas de plantão. 
Vejamos o exemplo da greve baiana. 
"É greve. Todo mundo para e vamos apresentar as propostas. Vejamos no que vai dar!". 
Mas nem todo mundo parou. Neverland, por exemplo não parou. Seus diretores Petistas jamais permitiriam que isso acontecesse... daí a força da greve diminui. Alguns lugares próximos a Neverland pararam por um mês, mas daí veio o corte salarial e... e como dizia um professor da UNEB na época em que estive por lá, quem resiste ao cheque especial no final do mês? A gente tem cheque especial pra cobrir e sem salário a vida complica e muito, né não?! 
Resumo da ópera: Salvador, Feira e mais meia dúzia de cidades realmente fizeram a greve de 115 dias... as outras cidades figuraram como meras participações especias no movimento grevista. Uma pena.
E daí a minha constatação inicial é ratificada: sozinhos somos - quase - nada.
A mudança, ao meu ver, vai ser real quando acontecer de cima pra baixo. Quando elegermos um (a) presidente e um (a) governador (a) que estejam realmente preocupado com o setor educacional. Quando tivermos representantes atuantes do setor no senado e nas câmaras.
A gente precisa é aprender que a união faz a força e que votando a gente pode construir uma força bem maior que a força individual. Se Dilma e Wagner não atendem às nossas expectativas, por que continuar elegendo gente que deixa a educação em último plano? (Menos nos planos de governo né? Todos eles sabem bem prometer mundos e fundos na época que precisam prometer - menos em Neverland). 
Parece ingênuo da minha parte, mas acredito que quando alguém no topo da piramide estiver realmente preocupado em melhorar o setor educacional desse país as coisas começarão a acontecer.
Salário nem é a parte mais importante dessa mudança, mas também é parte dela... me preocupo mesmo é com nossa carga horária desumana, salas de aula abarrotadas de alunos, a quase total inexistência de material de apoio didático, a escarça existência de recursos didáticos. Sozinhos não chegaremos muito longe. Sozinhos morreremos na praia dos 14% de aumento e das promessas vazias que nos levam ao nada.
Mas continuo forte sonhando com a minha escolha e fazendo o melhor que posso sempre. E aqui vai um conselho: se é valorização e bom salário que você deseja, parta pra outra... acho que isso está a milhões de anos luz de nós educadores. 
Olho e não vejo nenhuma promessa de mudança ( não nos unimos em torno de um bem comum a todos) e o que temos é a promessa infame da volta de um Lula que já deu o que tinha de dar.


Jor #Chateada :D