terça-feira, 24 de abril de 2012

Babi Rossi, Pânico na TV e a Desnecessidade de Tudo Aquilo

No ultimo domingo todos no Twitter falavam de uma tal Babi Rossi e parecia realmente que a moça estava fazendo algo extremamente impactante e interessante. E estava. Só que ao contrário. O Pânico na TV é um desses programas da nova geração de humoristas Brasileiros que faz tudo, ou quase tudo pra aparecer. Certos de que são os donos do mundo, eles já fizeram de tudo um pouco para alavancar a audiência do programa... de invasões à agressão física, o Pânico se supera em bizarrice a cada novo programa.
Mas domingo foi o ápice da covardia. Claro que moça concordou em raspar a cabeça ao vivo e semi nua. Do jeito que a coisa foi colocada ela não tinha escolha. Diferente das outras Panicats, como são chamadas as assistentes de palco do programa, Babi permaneceu na atração depois da reformulação e transferência da atração para a Band. E já que pra moça aquele é seu ganha-pão, o que ela poderia fazer? Raspar a cabeça ou a porta da rua? Nos dias atuais é melhor raspar a cabeça... o mercado de subcelebridades está cada vez mais abarrotado de gente querendo aparecer. 
Feito isto, no dia seguinte, a moça começou uma batalha para explicar os motivos que a fez raspar a cabeça. Amor à profissão, respeito pela equipe, coragem foram alguns dos argumentos que ela usa para justificar a submissão às ordens de Emílio e sua trupe. Eu nem sou ninguém para julgar a moça por sua atitude, mas acredito que o jeito como o programa tende a tratar as mulheres que fazem parte dele é no mínimo desrespeitoso. Certos de que o que importa é entreter, "os donos" do programa submetem as mocinhas às situações mais constrangedoras. 
Objetos de decoração que exibem seus corpos para a apreciação alheia, sem direito à palavra ou ao simples uso da palavra não, as moças são submetidas a todo tipo de humilhação e desrespeito. O programa chega a ser constrangedor para quem assiste com o mínimo de senso crítico. Certas de que são donas de seus corpos, elas tendem a agir como se essa depreciação fizesse delas mulheres bem resolvidas e descoladas, que não ligam para opiniões alheias e que tem "o direito" de se comportar como carne exposta no açougue.
Será que eu estou ficando exigente de mais, ou é o mundo que está de cabeça pra baixo? Será que toda a luta da mulher por espaço e respeito se resume a isso? Me recuso a acreditar que esse tipo de comportamento contribua em alguma coisa para a liberdade feminina. Ao contrário... acredito que é esse comportamento que nos prende sempre no mesmo ponto: subalternas eternas das vontades bizarras masculinistas/machistas.



quarta-feira, 18 de abril de 2012

Para Sempre - The Vow

O que te acalma? 


Bem, eu diria que poucas coisas me acalmam e pensando bem não consigo lembrar de muitas coisas que me acalmem... mas eis que hoje uma aluna me fez essa pergunta: o que te acalma, pró?!
Na hora a única coisa que me veio à cabeça foi o que me aconteceu ontem. No meio de uma crise de estresse e de falta de paciência com o MUNDO, me bateu aquela vontade de ver um filme. Fui à lista de recém baixados (estou baixando tanta coisa ultimamente) e achei um filme bem, mas beeeem bobinho e que eu estava doida pra ver. Eu tinha um zilhão de coisas pra fazer, mas sem condições psicológicas de me concentrar fiz a única coisa que tinha condições de fazer ontem: vi o tal filme bobinho. E que bobinho aquele filme. E que lindinho aquele filme. Com direito a muitos suspiros apaixonados eu vi, sem desgrudar o olho da tela, um dos filmes mais fofinhos dos (meus) últimos tempos. 
Para Sempre é um draminha-comédia-romântica que combina as belezas de Rachel McAdams e Channing Tatum a um clima romanticamente arrumado para "matar" de amor os românticos de plantão -eu, no caso. 
O filme narra a história de um casal apaixonado que acaba separado por um acidente automobilístico. Depois do acidente de carro em que o casal se envolve Peige acorda sem a memória dos anos que viveu com Leo e acaba por transformar a vida, até então, quase perfeita do casal, em um campo de batalha em busca das lembranças perdidas. O filme foi baseado em fatos reais e isso deixa a história ainda mais encantadora. Quer coisa mais linda e "desestressante" que o amor romântico do cinema? Pra mim é como uma massagem na alma. Recoloca tudo no lugar - ao menos por um tempo! 
Um dos temas centrais da trama diz respeito ao que Leo considera os pontos marcantes de nossas vidas, aquilo que nos transforma durante a nossa jornada por aqui. Para ele o que te faz ser o que você é, não diz respeito a nada positivo ou organizado, o que te faz ser o que você é são os pontos de impacto que você enfrenta na vida. Aqueles momentos da vida que te colocam diante do inevitável, diante do real e quase fatal. São esses momentos de impacto que vão te transformando durante a vida. 
E eis aí o problema que ele enfrentará. Como lidar com a Paige de antes? Como lidar com a mulher que ele nem chegou a conhecer? Peige já era outra pessoa, já tinha passado por muitos impactos quando o conheceu, quando se apaixonou por ele. Como ele faria para conquistar essa Peige do passado?
Mas é isso... nem vou contar o resto, não é? Que graça teria?
Vejam! 
Me contem...

Bjo Bjo

Jor

sábado, 14 de abril de 2012

Medianeras - Buenos Aires na Era do Amor Virtual

E anda um pouco difícil encontrar coisa boa pra assistir esses dias, por isso que quando @DonaFarta me indicou Medianeiras eu fiz questão de conferir (ela nunca indica filme ruim, é impressionante!).
Uma cidade grande com milhões de possibilidades e dois jovens que não conseguem se relacionar com nenhuma dessas possibilidades... Medianeiras reflete sobre o modelo de relacionamentos atuais: estaríamos, realmente, conectados, ou cada vez mais distantes um dos outros? Sabemos ainda como nos relacionar, ou desenvolvemos uma maneira esquizofrênica de ver as coisas e o outro? 
Assim, no meio da esquizofrenia atual, Martin (Javier Drolas) e Mariana (Pilar López de Ayala, de Lope) tentam descobrir um jeito de sobreviver à solidão e de achar um par que lhes possa acompanhar na jornada diária. Sem saber que estavam destinados, eles se cruzam diariamente na babilônia de prédios existentes em Buenos Aries.
O cinema Argentino produz filmes excelentes de vez em quando - Sete Rainhas, De Olhos Bem Fechados - e esse foi uma grata surpresa que Fartinha me proporcionou. Um filme, que apesar de parecer dramático, é leve e tem um quê graça envolvente e cativante.
No dia em que me indicou o filme ela me disse que no final do filme a gente fica com aquela sensação de que tudo vai dar certo e foi exatamente assim que eu me senti.

Super indico :D

Nota 9,0

Jor