quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Filme: Now is Good


Sem sono, madrugada, friozinho, saudade, arrependimento, melancolia, tristeza e quase já sem esperanças pra tanta coisa resolvi dar uma olhadinha no filme que @nessa_baianinha tinha citado no twitter um tempo atrás...
Now is Good que na tradução virou Agora é Pra Sempre (não gostei da tradução, mas não consegui fazer melhor – e até tentei, mas deixei pra lá – então, Agora é Pra Sempre) conta a história de uma adolescente que está morrendo de leucemia (acha que ela vai morrer? Pois é, ela morre!) e que num surto de revolta contra a vida decide viver intensamente seus últimos dias. Uma coisa meio “Um Amor Pra Recordar” com a diferença que desta vez a protagonista tá cagando pra fé, Deus, resignação e afins. 

Na minha cabeça dá pra entender muito melhor a reação de Tessa (Now is Good) que de Jamie Sullivan (Um Amor Pra Recordar). Olha, você é adolescente, teria provavelmente infinitas possibilidades pela frente, mas vai morrer de uma doença filha da puta, é pra, no mínimo, se revoltar e ficar com muita raiva de tudo e de todos, mesmo.
Impressiona como Dakota Fanning tá feinha (e ela nem raspou a cabeça, só o cabelo curtinho e a magreza já fez a bichinha perder metade da graça) … o filmes ficou parecendo uma resposta (meio atrasada - pois reza a lenda que ela foi escolhida pra fazer Kate em “Uma Prova de Amor”, mas se recusou pois teria que raspar a cabeça e perder peso) ao sucesso que “Uma Prova de Amor” fez sem ela no elenco. Ao contrário... Now is Good não reproduz uma história interessante como a de Kate em “Uma Prova de Amor” e chega a beirar a repetição de “Um Amor Pra Recordar” só que melhor um pouco, pois deixou Deus fora da trama... mais razoável, eu diria... só que ainda assim, mais do mesmo.
Fofocas e comparações à parte, a situação é mega esquisita e complicada pra personagem, pra família, pros amores e amigos... se imaginar numa situação dessas (em qualquer esfera: a que vai morrer ou a que vai sobreviver depois da morte dela) é angustiante ( quem pensa essas coisas, hein? Quem assiste a um filme e fica se colocando no lugar da pessoa que morre ou que vai ver morrer... coisa de doido, né?! Coisa minha!!).
Eu diria que o filme veio a calhar... serviu pra desentupir o peito angustiado (por outras situações). Assim como @nessa_baianinha, também chorei litros. Serviu também pra reforçar minhas teorias de urgência (não que eu viva intensamente a minha vidinha mais ou menos)... a urgência de me ver engolida pelo tempo. O tempo, esse sacana, passa muito rápido, as vezes nem dá pra sentir, ele foge entre os dedos, escorre, escapa... acaba. O nosso tempo finito, que leva embora tanta coisa, tanta gente, tantos momentos.  
Urgência de quem aprendeu muito cedo sobre a finitude das pessoas, dos momentos, das oportunidades... essa urgência que algumas pessoas levam uma vida toda pra perceber. A urgência do “deixa eu aproveitar cada segundo de você e disso aqui"...
É mais difícil viver assim... é doído e beira a loucura, mas ao mesmo tempo tem alguma coisa tão confortante nisso que eu não consigo explicar, mas que sinto muito bem. E sentir basta!

Jor

2 comentários:

  1. Eu chorei litros, mas gostei bastante do filme! Gosto de filmes tristes!

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  2. Também gosto, você sabe!
    E gostei desse também... a história é simplesinha, mas é bem legal...

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