quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Mas e Esse Alguém Existe?

Sabe aquela sensação de que perdeu alguma coisa? Bateu esse sentimento agora, mas não vou dizer o porquê dele.
Por vezes procuro alguém, algum sinal, alguma conexão e não acho, sabe? Falta algo, quebrou-se alguma coisa e não consigo entender como ou onde isso aconteceu....
Sei que esse lugar é público demais pra expressar alguns sentimentos, mas hoje eu não vejo onde mais poderia fazer isso. Uma série de coisas acontecem comigo e o que eu mais gostaria de fazer é falar com alguém sobre isso, mas e esse alguém existe?
Em alguns momentos da vida acredito que sim, em outros tenho certeza que não. Andei esses dias querendo conversar com Beto, que parece ser o mais próximo que alguém pode ser de mim nesse momento, mas o moço encara tudo ultimamente como se não fosse importante... pra quê falar? Deixa isso pra lá, diz ele. 
Mas eu quero falar, cacete! Quero gritar, na verdade! 
Na maior parte do tempo sou polida, educada e você nunca ouvirá de mim nada desagradável pelo simples fato de odiar ser desagradável com alguém. Acho o cúmulo ser desagradável, principalmente com aqueles que não tenho intimidade... 
Mas as vezes , só às vezes, deixo escapar alguma coisa desagradável, sarcástica ou "deseducada" e quando vejo, bum, a merda já está feita. Geralmente essas merdas são feitas como pessoas que considero realmente parte daquilo que chamo de minha extensão mãe, pai, irmão, Beto, Tia Sonia (não é muito bom ser sarcástica com ela, pois ela tem a incrível mania de se fazer de desentendida e de transformar o meu sarcasmo em piada dela), Tia Célia, Soraya, Tio Joaquim, Tiago... 
Mas o fato é que essas extensões nem sempre estão dispostas a entender a minha sinceridade como sinceridade. Na verdade elas tendem a entender minhas verdades como ofensas pessoais imperdoáveis. Aí, fico aqui pensando que, na verdade, o que eu sou de verdade não pode nunca vir a tona, pois se nem as pessoas que "deveriam" encará-las com naturalidade e sem rancor encaram sem naturalidade e com rancor, quem vai encarar? 
Certa vez li algo que diziam ser de Shakespeare (se é que esse Shakespeare realmente existiu algum dia) e que falava mais ou menos que você deve construir em sua vida pontes, pois as pontes ligam as pessoas à sua vida, enquanto os muros - que podem até te proteger de alguns riscos - deixam as pessoas fora de sua vida. Em noites assim, quando coisas assim acontecem fico pensando que talvez eu tenha construído muros altos demais. Muros tão altos que ninguém deseja escalar pro lado de cá. 
Daí volto a pergunta inicial, e esse alguém que queira escalar pro lado de cá existe? E se esse alguém existe ele vai gostar do que vai ter do lado cá? Depois de tanto tempo construindo muros, começo a acreditar que não.








Lembrando do post anterior em que eu escrevi sobre Grey's Anatomy digo que, de verdade, adoraria ser a Cristina Yang de alguém...







Jor   

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