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E foi lendo algumas coisas de Álvaro de Campos no ultimo fim de semana que encontrei esses pequenos versos. Versos simples, mas que sintetizam de maneira tão completa o que eu quero tanto dessa vida.
Em tempos que as pessoas estão mais preocupadas com o espetáculo, com as aparências, mostrando sempre que suas vidas devem ser algo incrível e perfeita, eu quero apenas a simplicidade. Não tenho vocação para desejar ou acreditar no impossível. Amo o possível com fervor. Não gosto de pensar que as coisas (todas elas) são infinitas, pois há algo de incrível em tudo o que acaba. Acabar significa que nada é infinito, nem o bem e nem o mal e que tudo tem seu tempo ideal de duração - é a poesia que existe na dialética do viver.
Eis, portanto, uma definição que me cai bem.
Jor
Eu Quero Tudo, Ou um Pouco mais, Se Puder Ser
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queria nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
Álvaro de Campos
Caso as coisas fossem infinitas e impossíveis seria o caos... afinal, as coisas ruins também seriam infinitas e as boas impossíveis.
ResponderExcluirExato... hoje eu ando desejando uma vida completamente possível e finita. Só isso e nada mais!
ResponderExcluirBjinhos Sissi!