domingo, 18 de julho de 2010

Na Natureza Selvagem








Sabe aquele tipo de filme que quando acaba você fica se perguntando quem é você afinal? Pois esse é o caso de Na Natureza Selvagem. O filme dirigido e roteirizado por Sean Penn, foi inspirado na história real de Christopher McCandless, um jovem rapaz que resolve partir em busca de aventuras capazes de fazê-lo descobrir o real sentido da sua existência. 
Um filme questionador que a pesar de possuir todos os ingredientes para ser repleto de clichês, foge deles completamente. Chris está fugindo da “sociedade das coisas”, está fugindo também de seus pais – fuga que qualquer um de nós faz ao menos uma vez na vida. Entretanto, Chris disponibiliza através de sua história momentos deliciosos de reflexão (parece que tenho uma obsessão estranha por reflexão, não é?). 
Chris gosta de pessoas, de conhecer cada individuo e todas as possibilidades que esses indivíduos têm a oferecer contudo, ele também acredita que é possível viver plenamente sem a presença dessas pessoas.  Contraditório, não? Achar na solidão uma auto suficiência é contraditório pra alguém que se relaciona tão bem com as pessoas com que convive...   
A história é reveladora de características humanas bem peculiares. Medos infundados, incômodos involuntários e a eterna busca por um algo a mais que nunca está ao nosso alcance, pois temos a incrível capacidade de afastar a felicidade para o futuro. Um futuro que pode nunca chegar a existir, pois a vida acontece no presente. 
Chris percebe ao decorrer da sua jornada que a vida só vale a pena se dividida e descobre também que a felicidade tão buscada só é real se compartilhada (lembrei da música que diz: É impossível ser Feliz Sozinho).
Na Natureza Selvagem é um soco no estômago. Uma chacoalhada capaz de te fazer rever conceitos de vida... 
Sabe a história do livro certo na hora certa? Comigo isso acontece também com filmes e esse foi, sem dúvida, um filme certo na hora certa.
Confesso que o assistirei outras vezes, quantas vezes forem necessárias; 
fiquei com aquele sentimento de que posso ter perdido algum detalhe... certamente você ainda vai ler outras coisas aqui inspiradas na vida de Chris. Porém essa aqui é a primeira impressão da história e como a primeira impressão é a que fica, ficou um sentimento bom deixado pela epifania desse momento...
Um filme revelador, instigante e modificador.
Por Jordânia Azevedo

A felicidade só é real se compartilhada. (Christopher McCandless)

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