Sabe aquele choro preso na garganta? Assistindo Biutiful eu consegui finalmente soltá-to. Um filme denso e belíssimo. Falta-me palavras para descrever a história de Uxbal (Javier Bardem) que logo nas primeiras cenas nos é apresentado como um homem sozinho que cria seus dois filhos com muita dificuldade. Logo depois descobrimos que Uxbal, para sustentar a família, não trabalha na legalidade e está sempre envolvido com negócios escusos e tendo que lidar com uma mulher (ex-mulher) bipolar que está sempre bebendo muito e perdendo o auto controle muito facilmente. Somando a isso, Uxbal tem ainda que lidar com uma mediunidade que o faz enxergar os mortos.

O filme peca apenas pelo excesso de informação e pela pouca preocupação com o foco... muitos temas abordos de maneira um pouco caótica e confusa. Contudo eu prefiro me apegar ao que há de mais bonito na história. Prefiro me apegar ao Bardem, lindo e talentosíssimo, as crianças a ao tema O que fazer com o que me resta de vida?
Apesar de por vezes me sentir verdadeiramente tentada a me retirar da vida, fico pensando o que aconteceria se algo assim me atingisse. Acho que assim como Uxbal eu ficaria mais preocupada com as situações que deixaria para traz, para o estrago que faria nas vidas das pessoas para quem represento alguma coisa.
Biutiful para mim foi assim, choro e reflexão. Gostei muito e recomendo.Jor