Em que ponto da vida um filho perde a ponta do fio que o conduz até seu pai? Talvez seja essa a perda que Pedro tenta evitar quando foge de casa fazendo com que seu pai parta em uma jornada para encontrá-lo.
Pais e filhos, uma relação nem sempre tão fácil quanto deveria ser... entre Theo (Wagner Moura) e Pedro (Brás Antunes) não é diferente. Uma história repleta de simbologia que trás ao espectador um drama familiar da melhor qualidade.
A história já começa mostrando o tom da relação entre Theo e Brás. O filho que não comparece ao compromisso marcado com o pai. O pai que quer dar ao filho, independente da vontade desse filho, tudo (materialmente falando) que não recebeu do próprio pai. Duas pessoas em lados totalmente opostos da vida buscando o que querem a qualquer custo e cometendo os erros que os conduzirão a um ponto em comum: o amor que sentem um pelo outro.
Theo, abandonado pelo pai na infância, deixa claro que não está disposto a conceder nenhuma aproximação por parte dele. Pedro, diferente do que deseja o pai, está às voltas com um plano de fuga para finalmente conhecer o avô paterno. Na busca por Pedro, Theo se reconstrói. Faz as pazes com o passado... renasce. Na busca por Pedro, Theo descobre a ponta do fio que o conduz ao filho e sofre fisicamente cada conquista dessa redescoberta... Theo redescobre o filho.
O filme é lindo, cativante e a história a que se propõem é muito bem contada... ele se torna grandioso em muitas cenas. Ao mesmo tempo a simplicidade dos cenários e do elenco constrói uma singeleza encantadora. A Busca não fica devendo em nada a uma grande produção e merece um lugar especial entre as grandes obras cinematográficas.
Jor
Sempre achei que quanto menos se tem, menos se perde...
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