Alice é uma professora de linguística bem sucedida,
tem um marido incrível e três filhos maravilhosos... uma vida feliz e perfeita.
Mas ao perceber que está esquecendo coisas corriqueiras no seu dia a dia ela procura
um neurologista e é diagnosticada com um tipo precoce e muito agressivo de Alzheimer.
Rapidamente Alice é engolida pela doença.
Still Alice é um drama forte em que a personagem central
sofre as consequências familiares e sociais de perder a memória de forma muito rápida.
Ela ainda é Alice professora, esposa e mãe lutando com o que tem para não
deixar de ser quem é e ao mesmo tempo não está mais ali, não tem nenhuma chance
diante da doença e sabe disso. Dá pra imaginar o desespero de uma doença assim?
Não é bonito e a gente sabe!
Mas o mais triste é perceber o comportamento da
família... a maioria das pessoas se afasta, se esconde ou já a encara como
alguém que não tem mais porque ser ouvida. É bem triste. Até onde vai o amor
dos que nos cercam por nós? Até que ponto alguém da nossa família estaria disposto
a ficar ao nosso lado diante de situação tão difícil como essa? Na história do
filme Alice acaba sendo deixada de lado pelo marido e por dois dos filhos. Agem
em sua presença como se ela não estivesse mais lá, desrespeitam suas vontades
anteriores à doença, fogem dela e da doença dela, esquecem quem ela era.
A filha mais nova de Alice, aquela que não se
enquadrava no que ela queria pra vida dos filhos, permanece ao lado da mãe.
Sobram as duas lutando pra não perder o restinho de Alice que ainda há lá.
No fim da história (de todas as histórias, inclusive
- da minha, da sua, da dela) o que importa é o amor... o amor que a gente sente
e o amor que sentem por nós. Só o amor faz com que alguém ajude outro alguém a
atravessar um momento tão doloroso como esse. Como naquela frase clichê: o amor
constrói pontes indestrutíveis. Mas como saber se é amor o que estamos construindo?
Não dá pra saber?! Alice achou que era, mas não era. Você e eu podemos estar
achando errado também.