Eu nem ando num clima "ei, vamos falar sobre filmes", mas fui pega (de jeito) pelo lindo "O Lado Bom da Vida" e resolvi deixar aqui minhas impressões sobre essa história linda. Não, não vou fazer resenha do filme, nem contar detalhes e tal, vou só falar confusamente e desordenadamente, como de costume.
Sábado de molho e com um monte de coisa pra ver, mas sem saco pra maioria delas, escolhi "O Lado Bom da Vida" pelo simples motivo Jennifer Lawrence (desde Winter's Bone ela virou uma das minhas atrizes favoritas). Nem esperava muito do filme, mas tinha Bradley Cooper (outra paixonite minha) e até aí já estava de bom tamanho... mas a história me pegou.
Nada especial, mas adoro gente ferrada e ver filme com história de gente ferrada é ainda melhor... Por que?? Porque minha vida é ferrada, sou uma bagunça, não sei lidar com boa parte dos meus problemas e adoro saber que não estou sozinha nessa... existem seres iguaizinhos a mim (mesmo que esses seres estejam nas séries ou nos filmes que escolho pra compartilhar as dores).
A gente começa a história sabendo que Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu tudo o que tinha (esposa, trabalho, casa, sanidade...) e está preso em um sanatório. Ele se descobre bipolar e ao sair do sanatório passa a viver na casa dos pais. Ainda obcecado pela ex esposa, Pat conhece Tiffany (Jennifer Lawrence) e "entre tapas e beijos" estabelece com ela um vínculo que o ajudará a sair da confusão.
Há toda uma história de positividade que colocam na cabeça de Pat durante a internação. Seja positivo, estabeleça metas, crie estratégias, veja o lado bom da vida (WTF)!!!!! Seriously??? Sabe aquele papo de autoajuda barata???!! Então... quando a gente tá desesperado até autoajuda barata faz sentido (believe me, I know Augusto Cury). E faz sentido pra Pat durante boa parte da história.
Mas a grande sacada da história é o surgimento de um Pat totalmente renovado que não vai ligar muito para a coisa "Stay Positive" e vai buscar sozinho e a seu modo um jeito de sobreviver ao caos. Gostei também das relações familiares demonstradas enquanto Pat reaprende o caminho; todos tão perdidos quanto ele, mas com a certeza de que precisam ajudá-lo a sobreviver e superar (huuuuum, acho que conheço uma família assim)...
Eu bem podia ficar aqui escrevendo muitas linhas sobre a história, mas a preguiça me derruba... só digo que "O Lado Bom da Vida" vale cada segundo. Acho que a grande mensagem (se é que existe esse papo de moral da história, né? CONVENHAMOS) do filme não é manter-se positivo diante das melecas do caminho... acho que a ideia que fica é que, apesar de todas as melecas que o caminho vai apresentar, a gente tem que aprender a se manter de pé. Não devemos esperar o melhor sempre -nem sempre existe um lado bom em uma situação ruim - mas o lance é aprender a conviver com as coisas que fatalmente darão erradas (muitas delas não podem ser refeitas, reditas, apagadas... "fixed"), pois vai que lá na frente algo extremamente legal aconteça!
O (s) lado (s) bom (ns) da vida sem dúvida é (são) a família que a gente tem ou adquire, os amigos que a gente fez e/ou fará, os amores que a vida nos apresenta, os pequenos momentos de felicidade que valem por uma eternidade inteira.
Então é isso! Está aberta a temporada "dando-um-tempo-nas-séries-indo-cuNtudo-pros-filmes". E se der essa vontadezinha de contar sobre outro filme, voltarei!
Jor
Nota: 10
O mundo quebrará seu coração de dez maneiras diferentes, isso é uma certeza. E não posso começar a explicar isso. Ou a loucura dentro de mim e dos outros, mas adivinha? Domingo é o meu dia favorito de novo. Penso em tudo que todos fizeram por mim. E me sinto um cara muito sortudo. (O Lado Bom da Vida)