quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Pessoas
Amizade é coisa rara nos dias atuais...
O que caracteriza um amigo? Para mim amigo é aquele com quem se pode contar mesmo que de longe, é alguém que pensamos nos melhores momentos e nos piores também... Amigo de verdade é aquele que se faz presente em nossas vidas seja por email, por mensagem de texto no celular, Messenger, telefone... São tantas as formas de se fazer presente na vida de alguém, aqueles que se recusam talvez não queiram realmente fazer parte da sua vida. Comigo acontece exatamente assim: apego-me muito às pessoas, ainda que estas estejam apenas de passagem em minha vida aí de repente elas tomam o rumo delas e nunca mais olham pra trás e é como se eu nunca tivesse existido em suas vidas...
Estranho e assustador ao mesmo tempo. É como estar lidando com duas pessoas diferentes, aquela que te quer presente e aquela que some sem pestanejar. E como confiei tanto em alguém assim? Nem mesmo eu sei responder como pude...
Mas tive a sorte de encontrar algumas pessoas em minha vida, algumas como Soraya, Naara, Vanessa, Cris, Denize, Mayra ficarão para sempre, seja pessoalmente ou não, nem sei dizer porque, só sei que permanecerão comigo... Outras eu sei que vão se perder, não por minha conta, mas por elas; vão sumir na longa estrada e talvez um dia eu as reencontre e será como se nunca tivéssemos tido laços tão estreitos ...
Mas é isso. O que importa é continuar tentando ganhar pessoas nessa vida, mesmo que algumas decepções ocorram no final vai ter valido apena. Sempre vale apena se arriscar a ganhar um amigo.
Por Jordânia Azevedo
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Minha Querida Ceci
Cecília Meireles
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste :
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
Não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
– não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
– mais nada.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
O Diabo é Vestir Prada
O Diabo é Vestir Prada
Moda e inteligência são dois aspectos femininos que divergem ao mesmo tempo em que se assemelham. Seria impossível a combinação? Sempre que assisto ao filme O Diabo Veste Prada fico com a nítida impressão de que uma mulher inteligente pecaria mortalmente se atribuísse em sua vida um lugar de destaque para a moda.
O filme narra a história de Andrea Sachs, uma jovem recém formada que sonha com a carreira de jornalista. Andrea Sachs consegue trabalho na conceituada Runaway Magazine que é dirigida pela poderosa e não menos prepotente Miranda Priestly. Ao começar sua jornada na revista Andy parece deslocada e aborrecida com o valor que as mulheres e homens da empresa atribuem à moda, entretanto no desenrolar da história ela descobre o prazer de vestir-se bem e de fazer parte do fascinante mundo da moda.
Afinal, porque parece tão pífia essa preocupação feminina com a moda? Quem de nós pobres mortais não adora entrar em lojas de sapatos e roupas, se perdendo entre tantas possibilidades? Asseguro-lhes caras colegas que um banho de loja de vez em quando resolve um monte de problemas. Não é que vamos ser escravas da moda, pautando nossas vidas nela, e vivendo para ela, mas porque não usá-la ao nosso favor de vez em quando?
Por Jordânia Azevedo
sábado, 3 de outubro de 2009
Um Amor das Antigas
Acordo cedo todos os dia. Pra quê? Nunca sei bem... Quando menos espero, ele me olha como se tivesse tido uma daquelas ideias mirabolantes que só ele tem. É engraçado perceber aquele olhar e tudo que ele representa. Muitas vezes ele me pergunta como chegamos tão longe e eu, eu nunca sei responder. Só sei sobre o que sinto e isso é muito para responder em palavras.
Ele levanta e sai. Vai trabalhar. Ele sempre sabe para que se levanta tão cedo. E eu? Eu volto a dormir como se só fosse possível existir ao seu lado. E assim passo os meus dias, vivendo apenas pelo meu ser amado.
Memórias de uma mulher em tempos remotos.
Autora: Flor
sábado, 30 de maio de 2009
Nalgum lugar
Nalgum lugar em que eu nunca estive,alegremente além
de qualquer experiência,teus olhos têm o seu silêncio:
no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,
ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto
Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
embora eu tenha me fechado como dedos,nalgum lugar
me abres sempre pétala por pétala como a Primavera abre
(tocando sutilmente,misteriosamente)a sua primeira rosa
Ou se quiseres me ver fechado,eu e
minha vida nos fecharemos belamente,de repente,
assim como o coração desta flor imagina
a neve cuidadosamente descendo em toda a parte;
Nada que eu possa perceber neste universo iguala
o poder de tua imensa fragilidade:cuja textura
compele-me com a cor de seus continentes,
restituindo a morte e o sempre cada vez que respira
(não sei dizer o que há em ti que fecha
e abre;só uma parte de mim compreende que a
voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)
ninguém, nem mesmo a chuva,tem mãos tão pequenas
Augusto de Campos
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